quinta-feira, 12 de agosto de 2010

UMA VEZ REDENTORISTAS, SEMPRE REDENTORISTAS!

Materializando um antigo sonho do falecido Padre Daniel - um dos fundadores do Seminário Redentorista Santíssimo Redentor em Coari - que costumava me dizer que gostaria de “reunir tantos ex-alunos quantos pudermos, para formá-los numa Associação coesa e ativa”, no dia 09 de janeiro de 1993, aqui em Manaus, mais precisamente no Agrepo, ali no V-8, quase em frente à antiga entrada das Pedreiras, onde funcionou o Seminário Maior e onde hoje é o Parque do Mindu, foi fundada a Associação dos Ex-Alunos Redentoristas.

Estiveram presentes à assembléia de fundação apenas 12 colegas que, decididos a fazer algo de útil àqueles que estudaram naquele Seminário Redentorista, acharam por bem criar uma entidade social com personalidade jurídica que pudesse melhor representar e defender os anseios e interesses de uma classe que, devidamente organizada, poderia gerar muitos benefícios a si própria e à sociedade em que vivia.

A decisão de se criar uma entidade com personalidade jurídica resultou de discussões democráticas, pois no seio do grupo de ex-alunos havia os que defendiam a idéia de que devêssemos nos reunir apenas informalmente. Venceu a maioria, e a Associação passou, então, a viver o seu apogeu como entidade de classe, num período aproximado de 5 anos, com reuniões semanais que chegavam a congregar até 30 sócios.

Nessas ocasiões, fazíamos de tudo um pouco: rezávamos na abertura e no final da reunião propriamente dita, lembrávamos o tempo de Juvenato – principalmente os apelidos (uma das nossas marcas registradas...) e os momentos felizes ali vividos – discutíamos os assuntos em pauta, a exemplo das atividades sociais a serem realizadas, jogávamos futsal, dominó e xadrez...tudo isso entremeado por uns goles de refrigerante e de “suco de cevada fermentada”...o que, aliás, chegou a ser assunto discutido pelo grupo em algumas reuniões, já que havia um ou outro colega que acusava a Associação de “só se reunir para beber”, negligenciando, assim, a realização de atividades de cunho social e de caráter mais sério e estimulando o alcoolismo.

Na verdade, a acusação carecia de fundamento, pois, a despeito do consumo de álcool durante os eventos e da constatação da existência de alguns dependentes químicos entre nós, a Associação realizou, sim, várias atividades de cunho social/religioso, quer destinadas a seus membros e familiares – como o encaminhamento de sócio dependente químico para tratamento em clínica de outro ex-seminarista - quer voltadas para entidades beneficentes, como a celebração do Natal na Casa Mamãe Margarida, na Zona Leste, entre outras.

Agora, sem dúvida alguma, o evento mais marcante da existência de nossa Associação aconteceu em 30 de julho daquele mesmo ano de 1993. Naquele dia, na casa de um dos colegas de turma do Dom Jackson (“Jaco Velho”), o Ronaldo (o “Lua”), 45 ex-seminaristas, acompanhados de suas famílias, fizemos uma “senhora” homenagem aos Padres Francisco e Eduardo, fundadores do Seminário, que, vindos dos EUA, se encontravam em Manaus, participando dos festejos do cinquentenário dos Redentoristas na Amazônia, que, diga-se de passagem, foi também uma “senhora” festa...

Como em toda homenagem que se preza, não faltaram discursos nem placas...nem comidas nem bebidas boas...mas o que teve em abundância mesmo foi uma bela demonstração de amizade e de gratidão, que calou bem fundo no coração de todos que lá nos fizemos presentes...tão fundo, que levou o Padre Francisco, já de volta ao Tio Sam, a nos escrever a seguinte cartinha:

“Mais uma vez estou na minha paróquia. Trouxe comigo muitas lindas recordações dos dias que passei com vocês em Manaus. Nossos encontros, e especialmente a grande festa e jantar, são coisas que eu nunca esquecerei. Não esperei nada disso. Tudo foi uma grande surpresa. Nunca esperei uma amizade tão grande e forte e um espírito de gratidão tão louvável. Gostaria de escrever mais, mas não escrevo bem em Português. Agradeço-lhes do meu coração. Diariamente continuarei rezando por todos vocês e suas famílias. Amigo sempre. Pe. Francisco.”

Exagerando um pouco, para muitos dos que estiveram lá, só a realização daquele evento já justificaria a existência da Associação...Para mim, não...e sei que para alguns outros colegas também não... Nós queríamos mais...muito mais...Porém as dificuldades para congregar a turma são muitas...insuperáveis até, como temos constatado nesses quase 40 anos em que tentamos juntar aqueles que tivemos a sorte de receber a formação alfonsiana proporcionada pelos Redentoristas no Seminário, na esperança de ajudarmo-nos uns aos outros e, assim, melhoramos a sociedade em que vivemos.

A Associação encontra-se inativa já há vários anos e, por isso, estamos providenciando a sua “baixa” como pessoa jurídica diante dos órgãos competentes. É lamentável, mas temos que ser realistas. Vamos continuar tentando convocar a turma para se encontrar informalmente de vez em quando, principalmente quando recebermos um input dos Redentoristas, a quem seremos eternamente gratos por tudo que nos ensinaram. UMA VEZ REDENTORISTAS, SEMPRE REDENTORISTAS! JMJA.

Edvaldo (“Cassaco”)

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Deus é amor...

“E nós reconhecemos o amor que Deus tem por nós e acreditamos nesse amor. Deus é amor: quem permanece no amor permanece em Deus, e Deus permanece nele.” (1Jo 4,16.)


Esta afirmativa de São João motiva-nos a crer em um Deus-Amor, ele nos apresenta um Deus que permanece em nós quando permanecermos no seu amor. Deus é Amor, e sendo, partiu Dele a iniciativa de nos amar: “Nisto está à caridade: não em que nós tenhamos amado a Deus, mas ele que nos amou...” (IJo 4,10.). Este amor se manifesta de diversas formas e com muitas características, vejamos.


“O amor jamais passará” (ICor 13,8a.). Este amor é eterno, pois Deus nos ama na sua condição divina, e não como um homem, conforme (Oséias 11,9b.) “Eu sou Deus, e não um homem”. E por ser eterno esse amor por nós “...mesmo que os montes se retirem e as colinas vacilem, meu amor nunca vai se afastar de você” (Is 54,10a.). Quando percebemos que fomos abandonados por todos e com mesquinharias afastaram-se, permanece em nós o amor de Deus, por que ele é um Pai zeloso, que cuida de seus filhos mesmo quando estes não o procuram, quanto mais se nós nos abandonarmos nesse amor.


Pois se nos abandonarmos no amor de Deus, e com amor de filhos amarmos a Ele, passaremos a compreender que a vida tem um sentido melhor do que quando nos foi apresentada pelo mundo secular, onde se apresenta a felicidade como busca dos bens materiais, que com o tempo se acabará e logo terá que começar uma nova busca. O amor de Deus é eterno e não se acaba por isso a vida do cristão passa a ter um sentido próprio de realização, porque como na parábola do filho pródigo, o Pai nos dirá: “este meu filho estava morto e reviveu; tinha-se perdido e foi achado” (Lc 15,24a.).


Deus é Pai, e se somos seus filhos nos tornamos irmãos de Jesus. É com esta graça que recebemos através da Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus, que podemos chamar a Deus como carinhosamente uma criança clama por seu Pai: “...mas recebeste o espírito de adoção de filhos, pelo qual clamamos: Aba, Pai” (Rm. 8,15b). Já não erguermos a voz somente para dizer, Adonai ou então El-Shadai, mas com o espírito de adoção que recebemos agora podemos dizer Papai Querido, meu Papaizinho este amor que Ele manifesta por nós, leva-nos a ter uma intimidade com esse Deus que é Pai.


Na Parábola do Filho Pródigo, o Pai carinhosamente manifesta o desejo de acolher o filho que estava perdido e o convida para um grande banquete cf (Lc. 15,23-24). Este banquete é certamente um convite pessoal do Pai para que nos tornemos íntimos seus, pois o Pai sempre está disposto a acolher seu filho e novamente introduzi-lo no seio da família.


Abandonemo-nos, portanto, no amor de Deus e deixemo-nos ser amado por Ele.


Diego da Silva Mourão

Ressurreição


Alguns acreditam em reencarnação, outros dizem não haver nem mesmo espírito ou alma, já nós católicos apostólicos romanos e outros cristãos, acreditamos na ressurreição. Falar de ressurreição na modernidade, onde tudo leva a desacreditar nas práticas religiosas, é mais que coragem, é necessidade.


Há muito tempo falamos da ressurreição. Essa passou a ser para os cristãos a grande proeza dos séculos e com esta vitória, trazemos junto dela todo uma historia. É exatamente na historicidade que encontramos as diversas perseguições que, enquanto para alguns era motivo de desistir, para outros, a perseguição os fazia mais convictos e certos de que realmente aquele era o verdadeiro e melhor caminho para se chegar a glorificação da vida.


Ressurgir com Cristo é alcançar a vitória. Não devemos esperar morrer para só depois de mortos experimentarmos a ressurreição. Há necessidade de vivermos a ressurreição no aqui e no agora. Há necessidade de fazer da fraternidade luz para guiar um abrangente caminho para uma ressurreição plena com Cristo.


A busca pela ressurreição professada em nosso credo nos convida verdadeiramente a prepararmo-nos para responder a Deus, Resposta essa que nos restaura pela alegria que nos torna mais dignos da promessa Divina.


Cabe, contudo, a cada cristão tomar consciência do plano salvífico de Deus através do Cristo Jesus Seu Filho e Senhor Nosso e, para acontecer tamanha dádiva, tomemos como mediadora destes planos, a Virgem Maria Mãe do Filho de Deus, esta, que soube verdadeiramente deixar-se conduzir para viver a sua missão na qual aprendeu a acolher o plano de Deus como fonte inspiradora de salvação para o homem. Por fim, acolhamos aquele que bate em nossa porta e junto Dele ceamos a páscoa da Ressurreição.


Leonilson Lima Brandão

Visita Canônica

Na segunda-feira, dia 26 de abril, recebemos com muita alegria a visita canônica do segundo consultor da Província de Denver, Pe. Roberto CSsR, Pe. Kevin CSsR que o acompanhou para ajudá-lo nas visitas e desenvolveu um belíssimo trabalho, uma vez que já passou pelo Amazonas e aqui morou 14 anos, fez também o serviço de tradutor, pois o Pe. Roberto CSsR não domina a língua portuguesa, e o nosso Vice Provincial Pe. Manuel Soares CSsR que os acompanhou em todos os momentos.


Iniciamos o dia com a oração das Laudes às 06h00min. e logo em seguida tomamos um delicioso café da manhã, sempre lembrando que a vida religiosa nos convida a sermos cada vez mais irmãos. Pe Kevin CSsR muito dinâmico e cheio de grandes expectativas para esta visita, logo começou um processo cativante para nos conhecer. Entre a pergunta de um nome e outro, sempre contava fatos que viveu aqui nesta terra amazônica e com muita saudade e um profundo ardor missionário deixou-nos escapar o desejo de um dia voltar a fazer missão nesta terra.


Após um momento de convivência, que nos deu oportunidade de nos conhecermos, iniciamos a celebração da Santa Missa às 08h30min. presidida pelo Pe. Kevin CSsR e co-celebrada por Pe. Roberto, Pe. Soares e Pe. Wolney. Pe. Kevin, muito sábio em suas palavras, relatou-nos um pouco da sua experiência com o Redentor e concluiu que “Deus nos ama e nos considera preciosos como somos”. Estimulou-nos a uma vida centrada nos mistérios de Cristo Jesus, que sendo o bom pastor nos conhece e chama-nos pelo nome.


Pe. Roberto CSsR e demais sacerdotes, juntamente com o Fr. Jander Castro, que está como formador do postulantado da Vice Província de Manaus, iniciou uma reunião com toda a comunidade do postulantado. O objetivo de tal reunião foi: conhecer melhor a realidade de cada postulante; suas famílias; desenvolvimento acadêmico; vida de oração; convivência fraterna e como vivemos nesta comunidade. Mostrou-nos uma grande curiosidade em saber o que os motivara a ser um missionário redentorista e como conheceram esta congregação. Partilhou sua história de vida e disse ser muito feliz na vida sacerdotal, sobretudo sendo um membro da Congregação do Santíssimo Redentor.


O Vice Provincial, Pe. Manuel Leocárpio Soares, homem que expressa muita alegria e um profundo amor pela congregação redentorista, encorajou os postulantes a perseverarem e indicou-nos caminhos de prevenção para termos uma vida mais longa e saudável. Falou-nos da importância desta visita canônica e da profunda amizade que tem com os consultores, uma vez que foi colega de seminário do Pe. Roberto.


Pe. Wolney, formador do postulantado, relatou-nos o sentido de irmandade e do elo que une a Província de Denver e a Vice Província de Manaus. Como disse: “Somos, uma única congregação e temos o mesmo objetivo: anunciar a copiosa redenção de Jesus”.


Diego da Silva Mourão

São José o Justo


São José foi o grande defensor da família de Nazaré, o grande pai, exemplo de pai adotivo, para muitos pais que adotam filhos e um verdadeiro pai de família.


José foi sábio e justo quando aceitou Maria como sua esposa, mesmo sabendo que o filho não era seu, pois, através da revelação, foi capaz de entender o projeto de Deus. A proteção e aceitação de Maria como sua esposa foi um dos grandes ápices do seu lado justo, trabalhando em favor da vida, caso contrário Maria poderia ser punida por adultério segundo os costumes judaicos da época,devido ela ser prometida ao casamento com ele.


O grande José livrou sua família das garras de Herodes, que desejava matar o menino Jesus em Belém de Judá, conduzindo sua família para o Egito e depois de receber a revelação de Deus que o rei Herodes tinha morrido, ele conduz a sua família para a Cidade de Nazaré, onde Jesus receberia o nome de o Nazareno, segundo as profecias.


Na educação de Jesus, durante sua infância e adolescência, José foi justo em mostrár-lhe a realidade através do trabalho na carpintaria, como se quisesse dizer a Jesus que sem trabalho não se vive direito e nem tão pouco consegue transformar o mundo. Todo esse ensinamento que José passou a Jesus foi bem assimilado por ele e transposto para sua missão,com isso Jesus não parou de pregar até sua morte na cruz e pós-morte através dos seus apóstolos.


À contemporaneidade, procura-se um modelo de pai para organização das Famílias na sociedade onde o caos da troca dos valores, que varia de tempos em tempos, toma conta com seu relativismo. Os Filhos estão dando pouca importância aos pais e mais a si próprio com suas auto-suficiências ilusórias, pois no fim quem agüenta os prejuízos é a família um dos melhores exemplos de Pai justo, fiel e Protetor, é o Pai adotivo de Jesus Cristo que conduz sua Família com todo amor e doação.


Enfim, os atos justos de José fizeram dele um dos grandes patronos da nossa igreja e modelo de paternidade para todos os pais do mundo inteiro.


Ênio Renan Morais Barbosa

O Bom Cristão


No decorrer do nosso dia a dia, sempre estamos a escutar varias frases que se referem a um bom cristão ou a vida que a tem. Vejamos duas delas, das milhares que temos e que sempre estamos a encontrar em qualquer parte por onde andarmos, seja numa fachada de uma loja ou em outdoor de nossas avenidas e até mesmo em nossas próprias casas em forma de quadros; Deus é a razão do meu viver, Deus é fiel. Estimado leitor, vamos refletir um pouco sobre essas belíssimas frases que a temos como símbolo de proteção e o que elas nos dizem a respeito de um bom cristão. Aliás o que é um bom cristão?


Certo dia Jesus foi questionado por um legista, que o mesmo veio a perguntar; “mestre, que farei para herdar a vida eterna”? (Lucas10, 25) Jesus com toda a serenidade replicou dizendo, como está escrito na lei?(Lucas10, 26). O legista disse “amarás o senhor teu Deus, de todo o coração, de toda alma, com toda a tua força e de todo o entendimento; e a teu próximo como a ti mesmo.” (Lucas10, 27). Jesus vendo que o legista tinha respondido corretamente, apenas afirmou dizendo, “faça isso e viverá” (Lucas10, 28). O especialista em leis querendo se justificar perguntou “quem é o meu próximo.” (Lucas 10,29) Jesus retomou a palavra descrevendo a parábola do bom samaritano. (Lucas. 10,30-37).


Portanto, esta é a verdade que se faz presente no meio de nós, e nos diz como devemos exercer a nossa cristandade. É na pessoa do irmão onde tudo se realiza como verdade e como fonte salvífica. Ultimamente, temos presenciado e apreciamos tantas palavras bonitas, no qual nos leva a viver em sonhos. Se formos analisar bem as coisas como um bom cristão deve analisar, é obvio que tudo iria ser diferente da atualidade, situação de vida que o pobre tem que e um diagnóstico e ao refletir a voz de Deus clamando por terra, casa e comida para seu bem estar diante de uma sociedade injusta, que ao sonhar pela força da fé, espera pela justiça, igualdade e solidariedade. Mesmo sentindo a dor no corpo, idealiza o pão em todas as mesas. Enquanto o pobre sofre, o rico abusa da injustiça para com esse povo, cujas posses são inferiores à sua posição ou condição social, uma vez que não tem nem mesmo onde dormir na grande e velha América Latina.


Quantos homens se encontram caído, em nossa sociedade, semelhantes ao homem que descia de Jerusalém a Jericó na parábola do bom samaritano. Quando olhamos para nossa realidade, constatamos a falta de amor para com a pessoa do irmão; quanta descriminalização, quanta fome, quanta injustiça presenciamos e nada fazemos, mas apenas ficamos nos bancos da igreja ouvindo belos sermões e cantando hinos melancólicos que nos levam a viver no oba-oba e assim fingimos que somos bons cristãos. Porém o bom cristão deve ser uma pessoa deslumbrante das virtudes do amor, mesmo na simplicidade, mas sendo almejante de mundo melhor que vem a ser realizado com nossas forças. Assim teremos um mundo justo, cheio de amor onde tudo vem a ser um só corpo e um só espírito como rezamos na oração eucarística da Santa Igreja Católica Romana.


A parábola do bom samaritano mostra-nos o caminho e esperança, nos quais podemos ver e como fazer a diferença em nosso mundo de hoje com o nosso agir, movendo-nos de compaixão como o samaritano em sua viagem. Devemos lutar pelos nossos direitos, pela a saúde, pelo estudo, pelo trabalho, sem descriminação para com as pessoas portadoras de deficiências físicas, com o negro e pobre. Assim o fez Jesus, antes da festa da páscoa, durante a ceia lavando os pés dos apóstolos (João 13,1-11). Demonstrando o gesto amor e como deve ser um bom cristão. É servindo que assim adentramos na mística da graça, na graça da eterna ressurreição do amor de Deus. Tudo se encontra na terra, o amor, a igualdade, a felicidade. Cabe a nós querer enxergar essa inefável graça. Estamos falando de construir um mundo novo no qual sonhamos. Uma imensa cultura cheia cores, costumes e raças que nos apresenta uma riqueza fundamentada no ser humano e em todo contexto que habita.


Josivan Severino da Silva

São Clemente Maria Hofbauer


“Amanhã podem descansar um pouco mais, pois é dia de São Clemente, estaremos em festa, então a oração é pessoal. Só peço que dêem uma organizada para a festa e não deixem tudo pra cima da hora”. – Disse o formador aos seus postulantes na noite de domingo 14/03/2010.


De certo, dia 15, foi o grandioso dia, festejamos junto com amigos e parentes a memória de São Clemente e com esta grandiosa festa, consideramos a abertura oficial do ano acadêmico nas casas de estudantado redentorista. São Clemente, na congregação, é considerado o patrono dos acadêmicos. Nasceu em 26 de dezembro de 1751 em Tasswitz, Morávia como John Dvorák.


Clemente foi o nono filho de um açougueiro que mudou o nome de família do moraviano Dvorák para o germânico Hofbauer. Seu pai morreu quando Clemente tinha seis anos. Um pouco mais tarde ele sentiu o chamado para a vida religiosa, mas sua família era muito pobre para pagar a sua educação. Ele então se tornou um aprendiz de padeiro e mais tarde como padeiro foi trabalhar com os eremitas no monastério de Bruck.


Quando os eremitas foram abolidos pelo Imperador José II, Clemente trabalhou como padeiro em Viena, Áustria. Mais tarde foi um eremita na Itália com Peter Kunzmann e tomou o nome de Clemente. Ele fez varias peregrinações a Roma. Durante sua terceira ele entrou o para o a Ordem dos Redentoristas em San Guliano e adicionou o nome de Maria passando a se chamar Clemente Maria Hofbauer. Estudou na Universidade de Viena e em Roma. Foi ordenado em 1785 ele foi designado para Viena.


Missionário em Varsóvia com vários companheiros de 1786 a 1808, trabalhando com os pobres e construindo escolas, ele e os irmãos pregavam às vezes até cinco sermões por dia. Dali ele enviou missionários Redentoristas para a Alemanha e Suíça. Seus companheiros foram aprisionados em 1808 quando Napoleão suprimiu as ordens religiosas e os expulsou da Áustria.


Um notável pregador e diretor espiritual em Viena Clemente era diretor espiritual do Convento das Irmãs Ursulinas. Fundou um colégio católico em Viena, trabalhou com os pobres e ajudou a revitalizar a vida religiosa na Alemanha. Trabalhou contra o estabelecimento de Igreja Nacional Germânica e contra o Josephinismo que queria o controle secular do Clero e da Igreja.


Faleceu em 15 de março de 1820 na Áustria, Viena. É considerado o segundo fundador da Congregação do Santíssimo Redentor. Foi beatificado pelo Papa Leão XIII em 29 de janeiro de 1888 e canonizado em 1909 pelo Papa Pio X. Foi indicado padroeiro de Viena pelo Papa Pio X em 1914.


E como estes grandes homens, pretendem também nós postulantes redentoristas, viver de forma dimensional a vida redentorista, consagrando-se a Deus e a sua igreja.


Leonilson Brandão