quarta-feira, 11 de agosto de 2010

A Vocação Religiosa

(Quem esta unido a Jesus produz muito fruto, João 15, 5)


O “nome” é a palavra pela qual se designa pessoa, animal ou coisa. O próprio denota um ser específico entre todos os de uma espécie. Cada nome tem um significado uma história. Você conhece o significado; a história do seu nome, assim como o seu significado este associado à sua vida? (cf. Jeremias 1, 4-8). Deus nos conhece pelo nome próprio; especifico! A minha digital é exclusiva distinta. Deus nos chama pelo nome singular; exclusivo, reservado e intimo!


Não existe homem que não seja convidado ou chamado por Deus a ser mais do que é. Você, como todo ser humano, é chamado a viver, a conviver, a servir, a crescer espiritualmente também, a atingir sua perfeição de criatura (que a Igreja define como santidade). Você é uma vocação. Que significa vocação? A palavra vocação vem do latim vocare que significa chamar e vocatio que significa chamamento. Vocação é obra divina[1].


Com Santo Agostinho, a cristandade recorda um famoso ensinamento relacionado ao seu testemunho de vida religiosa: “inquieto estará o coração do homem, enquanto em Deus não repousar”. Outro bonito e profundo ensinamento cristão, a vida religiosa, é o do testemunho de vida de Santa Teresinha do Menino Jesus, que diz: “no coração da Igreja, minha mãe, serei o amor”. Com esperança e alegria deixo também as palavras em saudosa memória do querido e estimado Papa João Paulo II dirigida à juventude: “Queridos jovens, já sabeis que o cristianismo não é uma opinião e não consiste em palavras vãs. O cristianismo é Cristo. É uma Pessoa, é o que Vive! Encontrar Jesus, amá-lo e fazê-lo amar: Eis aqui a vocação cristã”. (XVII Jornada Mundial da Juventude – 25/07/2002).


Que procurais? (João 1, 35-39). Qual é a vossa busca? Esta foi a pergunta dirigida por Jesus aos discípulos de João Batista que passaram a segui-lo logo após a declaração do próprio João, afirmando ser Jesus o Cordeiro de Deus (v. 36). Que procurais? De que carece o vosso coração? Jesus indaga sobre a inquietude do coração daqueles homens que em sua maioria eram pescadores. Ao passo que eles respondem: Mestre, onde moras? (v. 38) o desejo daqueles homens é conhecer Jesus; participar, partilhar a vida, conviver, servir. Que procurais? O tempo em que estivermos com Ele (v. 39) vai determinar a qualidade de vida que teremos e o resultado do nosso trabalho. Quem está unido a Jesus produz muito fruto, (cf. João 15, 5). A semente que caiu em terra boa é aquela que ouve a Palavra e a compreende. Esse com certeza produz fruto. Um dá cem, outro sessenta e outro trinta por um, (cf. Mateus 13, 1-51).


A missão da Congregação do Santíssimo Redentor na Igreja é assim caracterizada pelas constituições:

Const. 1. a Congregação do Santíssimo Redentor, fundada por Santo Afonso, é um instituto religioso de diversos ritos, missionário, clerical, de direito pontifício e isento, cuja finalidade é: “continuar o exemplo de Jesus Cristo Salvador, pregando aos pobres a Palavra de Deus, como disse Ele de si mesmo: Enviou-me para evangelizar os pobres”. Dessa maneira, a Congregação participa do mandato da Igreja que, por ser sacramento universal de salvação, é, por natureza, missionária.


No instituto religioso temos padres e irmãos consagrados. A vocação do irmão religioso é de fundamental importância para a Congregação, como também para toda a Igreja, pois, o religioso (a) assume livremente o apelo divino para viver os conselhos evangélicos num estilo de vida que expresse seus valores essenciais: o voto de pobreza, obediência e castidade.


Não se trata de oposição ou menosprezo ao ministério ordenado ou diaconato ministerial, mas uma opção livre por um estado de vida entendida como apelo pessoal do Senhor. Sua existência torna visível o exercício do sacerdócio universal dos batizados em sua dimensão cultural (oferta gratuita da própria vida) e apostólica - engajamento concreto em vista o anúncio e a implantação do Reino, (cf. Concilio Vaticano II: Perfectae Caritatis, n. 10). A vida religiosa leiga, tanto para homens quanto para mulheres, constitui em si mesma um estado completo de profissão dos conselhos evangélicos.


Jailson Bernadino de Amorin



[1] Coleção: “CADERNOS VOCACIONAIS” 19 – Curso Vocacional por Correspondência. Edições Loyola. São Paulo, 1985. Lição 1º.

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